A mais recente aposta em séries documentais da plataforma OPTO, da SIC, é “Brilhante”. Estreada no dia 19 de Setembro, “Brilhante” traz ao pequeno ecrã a história de seis jóias do Museu do Tesouro Real português.
Teresa Dimas é a apresentadora destes capítulos, com oito minutos cada, focados em seis peças diferentes. A Coroa Real, a Caixa de Rapé, o Diadema das Estrelas, a Laça de Esmeralda, o Sabre de D. Miguel e o Hábito da Ordem do Tosão de Ouro estão, pela primeira, vez expostos em televisão, bem como os detalhes de cada um destes tesouros reais que compõem a História de Portugal.
Da sua criação à forma como chegaram às mãos da realeza portuguesa e por cá ficaram, os pormenores destas jóias serão revelados aos espectadores – seja a sua história, o detalhe dos materiais, o peso e tamanho ou o seu valor estimado.
Para além de apresentadora, Teresa Dimas esteve também envolvida na construção das peças televisivas do início ao fim. Em entrevista ao TV Contraluz, a jornalista revela como foi o processo para que “Brilhante” chegasse à televisão.
Um desafio que «começou durante a pandemia» estendeu-se por vários meses devido à dificuldade em obter acesso a cada uma das jóias em destaque. A acrescentar ao facto de as peças nunca terem sido expostas a um trabalho deste género, foi necessário contratar segurança extra e obter permissões e autorizações que demoraram muito tempo. «Foi muito complicado [obter] a autorização, com a questão da segurança», refere a jornalista, que ainda assim salienta que entende a necessidade de proteger o tesouro real e as peças antigas.
As ideias iniciais que tinham para “Brilhante” também não puderam ser concretizadas. A limitação imposta ao manuseamento das jóias e ao seu transporte obrigou a que se repensasse a forma como iriam apresentar visualmente as peças escolhidas através de grafismos televisivos, o que acabou por se tornar um «desafio extraordinariamente aliciante».
As limitações impostas ao manuseamento das peças foram também um desafio do ponto de vista da produção, mas que acabou por ser de certa forma prazeroso, já que a produtora da série documental, Sónia Ricardo, confirma que «houve sempre bastante disponibilidade, de lado a lado» para uma certa negociação com a equipa do Museu do Tesouro Real para que se ajustassem as necessidades cinematográficas. Desta forma, a aposta da OPTO conta a história destas peças através de imagens, reproduções, ilustrações, fotografias e registos históricos disponíveis em conjunto com trabalho de grafismo tecnológico que lhes configura mais vivacidade no ecrã.
Sobre as jóias escolhidas para a série documental, Teresa Dimas não tem dúvidas: era preciso escolher «as que brilham mais», tanto do ponto de vista visual como do ponto de vista histórico. Assim, “Brilhante” torna-se um pequeno pedaço daquilo que é o real tesouro disponível no Museu do Tesouro Real, que a própria série documental tem como intuito convidar o espectador a visitar e a conhecer tantas outras peças que não foram seleccionadas para as filmagens.
“Brilhante” está disponível na plataforma OPTO, onde é disponibilizado um novo episódio por semana.