“Chorus Girls”: Revista à Dinamarquesa com dança e sexismo

Se gostas da moda dos anos 70 (não faltam calças à boca de sino) e intrigas do showbiz, mas também de temas mais encorpados como a emancipação feminina, temos uma sugestão!

  • Post author:Avatar photoFilipa Almeida
  • Reading time:4 mins leitura
You are currently viewing “Chorus Girls”: Revista à Dinamarquesa com dança e sexismo
''Chorus Girls'' | TVCINE EDITION

Logo nos primeiros cinco segundos de “Chorus Girls” somos recebidos com um aviso: esta é uma série inspirada em factos verídicos… Pelo menos alguns. Está dado o mote para a mais recente aposta do TVCine Edition, que estreia hoje, 26 de Fevereiro, pelas 22h10.

Com a Dinamarca de 1975 como pano de fundo, “Chorus Girls” conta a história de oito jovens bailarinas do Cirkusrevyen, espectáculo semelhante à nossa Revista à Portuguesa e que ainda hoje existe, naquele que é considerado o parque de diversões mais antigo do mundo, o Dyrehavsbakken – esta parte, avisamos desde já, é mesmo verdade.

Ao longo dos episódios, vamos acompanhando as dificuldades destas mulheres num mundo sexista, que requer muita coragem, mas também humor, paixão, lágrimas e, claro, dança.

A mini-série “Chorus Girls” conta com oito episódios, sendo que todos ficarão disponíveis no serviço de vídeo on-demand TVCine+. Por isso, quem não conseguir acompanhar a transmissão em directo poderá descobrir este mundo do espectáculo mais tarde e, quem sabe, ver todos os capítulos de seguida.

Tivemos oportunidade de espreitar o primeiro episódio e só temos uma coisa a dizer: quando a primeira música que ouvimos é dos ABBA, só pode correr bem.

Se gostas da moda dos anos 70 (não faltam calças à boca de sino) e intrigas do showbiz, mas também de temas mais encorpados como a emancipação feminina, violência doméstica e estabilidade profissional versus concretização de sonhos, esta poderá ser a próxima mini-série a ocupar os teus serões de segunda-feira.

Embora a distância temporal não seja assim tão grande – afinal, apenas 50 anos nos separam da época retratada -, a verdade é que o ritmo a que a sociedade tem evoluído é tão acelerado que parece que somos confrontados com uma espécie de realidade paralela. Mas este será apenas o primeiro impacto, uma vez que depressa percebemos que muitos dos problemas que as mulherem enfrentavam há meio século persistem até hoje. Desigualdade salarial, anyone?

Em termos de estética, mas também de trama, em alguns momentos sentimos que estamos a ver “Glow”, série da Netflix que mostra como um grupo de mulheres, na década de 80, encontra no wrestling uma forma de recomeço. O processo de casting, as dificuldades em se destacarem, as inseguranças e a sororidade (ou falta dela) são elementos em comum. Por isso, se viste “Glow” e gostaste, é possível que também fiques colado ao ecrã com “Chorus Girls”.

Mini mini mini spoiler: há uma referência a Portugal neste primeiro episódio. Não vamos dizer qual é, mas talvez seja mais um motivo de interesse para explorar esta produção que está a chamar a atenção um pouco por toda a Europa – a protagonista, Marie Bach Hansen, conquistou até o galardão de Melhor Actriz nos Golden Nymph Awards, o festival de televisão de Monte Carlo.

“Chorus Girls” conta com argumento e realização da dupla de actrizes Ditte Hansen e Louise Mieritz. No elenco, além de Marie Bach Hansen, juntam-se nomes como Mille Lehfeldt, Marie Reuther, Olivia Joof Lewerissa e Andrea Heick Gadeberg.

Se ficaste curioso, mas ainda não tens bem a certeza se queres dedicar o teu tempo a esta série, vê aqui a promo de “Chorus Girls”: