Os rumores já circulavam, mas agora é oficial: o Disney+ vai seguir as pisadas da Netflix e acabar com a partilha de contas, restringindo o acesso à plataforma a pessoas que não vivam no mesmo lar. Os primeiros passos neste sentido serão dados a partir de Junho em alguns países.
O anúncio é feito por Bob Iger, CEO da Disney, numa entrevista ao órgão de comunicação social norte-americano CNBC. O objectivo é aumentar o lucro do streamer e alcançar a rentabilidade, ao levar mais pessoas a subscrever os planos que dão acesso a conteúdos originais Disney, da Hulu, entre outros.
Em Setembro, a mudança deverá ser global, medindo no entretanto a eficácia desta aposta, que levou à Netflix cerca de 28 milhões de novos subscritores desde que implementou o fim da partilha de passwords, no início de 2023.
De acordo com Hugh Johnston, Chief Financial Officer da Disney, os utilizadores suspeitos de recorrerem à partilha de contas serão incitados a criar a sua própria conta, sendo que a opção para incluir perfis de outros lares que não o primário será introduzida a troco de uma taxa extra – tal como a Netflix já fez, pelo valor de 3,99 euros por cada novo perfil até um máximo de dois.
«A Netflix é o golden standard no streaming. Têm feito um trabalho fenomenal em diferentes áreas. Tenho uma grande estima pelo que têm alcançado e se conseguirmos igualar será magnífico», diz Bob Iger na mesma entrevista.
Valores e datas concretas para esta nova fase do Disney+ ainda não foram revelados, sendo, no entanto, de esperar que Portugal também seja abrangido pelo inevitável fim de contas. Actualmente, em território nacional, a subscrição do streamer tem o valor mensal de 10,99 euros e anual de 109,90 euros.
No caso da Netflix, existem três planos disponíveis – Base (7,99 euros), Standard (11,99 euros) e Premium (15,99 euros), não se sabendo se o Disney+ seguirá um caminho semelhante, disponibilizando várias subscrições a preços variados.
