O futuro da TV? Streaming mais caro, mais anúncios e… menos inovação

Em alguns casos, continuam a existir planos de subscrição sem anúncios mas são significativamente mais caros e a tendência é para piorar.

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O que é que acontece quando se sentam à mesma mesa os responsáveis de gigantes do audiovisual como Netflix ou Prime Video? Um debate sobre o futuro da televisão. Bem, na verdade, não sabemos se sentaram à mesma mesa… Mas certo é que foram entrevistados pelo The New York Times para um artigo que explora a forma como alguns dos principais guardiões do mundo televisivo olham para o que aí vem.

E o resultado pode ser surpreendente. Segundo o artigo do The New York Times, parece que o futuro da televisão é significativamente parecido com o seu passado, especialmente no que toca à presença crescente da publicidade.

Se, nos seus primórdios, as plataformas de streaming (“a nova televisão”) se distinguiam, entre outras coisas, por ofereceram centenas de conteúdos sem pausas ou intervalos comerciais, a conversa agora é outra. Em alguns casos, continuam a existir planos de subscrição sem anúncios mas são significativamente mais caros e a tendência é para piorar.

Até porque, de acordo com os executivos entrevistados, as empresas de streaming tencionam continuar a aumentar os preços dos planos sem anúncios, de forma a conquistar mais pessoas nas subscrições com publicidade (porque essa é também uma fonte de receita apetecível, claro).

Outra tendência que deverá pintar o futuro da televisão é a cada vez menor aposta em inovação e conteúdos de qualidade premium. E, parecendo que não, esta tendência está ligada à anterior: se os streamers querem mais anúncios, à partida só conseguirão convencer as marcas a investir se tiverem nos seus catálogos conteúdos para as massas.

O que não é obrigatoriamente mau! Simplesmente poderá significar que teremos de esperar mais por séries que se tornaram clássicos como “Sopranos”. Em vez disso, poderá ser mais rentável apostar no ciclo quase infinito de séries de médicos e polícias, tal como frisa o TechCrunch, e que, apesar de reunirem muitos fãs, dificilmente se tornarão objectos de culto.