O actor português Carloto Cotta, conhecido pela sua prestação em séries como “Élite”, “Glória” ou “O Americano”, foi acusado de violação e sequestro pelo Ministério Público. A notícia foi inicialmente avançada pelo Jornal Expresso, que adianta que o actor foi acusado de um “total de nove crimes” que terão ocorrido em Maio de 2023.
Segundo a acusação, Carloto Cotta e a vítima, apelidada de “Maria” como nome fictício, conheceram-se em Janeiro de 2023 numa livraria do CascaiShopping e, depois de meses em que trocaram mensagens pelas redes sociais, “Maria” foi convidada por Cotta para se deslocar a Sintra para um passeio, onde vive.
Nos detalhes que foram disponibilizados pelo jornal acima mencionado, “Maria” afirma que fez uma visita pela vivenda do actor que, quando chegaram ao quarto, “«mostrou um preservativo XL» e «exibiu os órgãos genitais» à vítima”. Apesar de ter fugido e ter alegado estar com uma hemorragia e que pretendia ir embora, “aceitou beber o gin que tinha trazido”.
Na mesma notícia pode ler-se que, algumas horas após a situação supraescrita, “Maria” continuou a “insistir que queria ir embora”, sendo que a casa de Carloto Cotta estava, alegadamente, trancada. Com o uso da força física o actor teria imobilizado “Maria” e forçado-a a ter actos sexuais.
Após a violação, “Maria” afirma ainda que Carloto Cotta a manteve cativa, exigiu que a vítima o ajudasse com “uma dívida a traficantes de droga”, violentou-a com o uso de um livro de capa dura e ainda a ameaçou “de morte”.
Ao conseguir escapar, “Maria” pediu ajuda e, no mesmo dia, apresentou queixa na GNR. A queixa apresentada pela vítima levou a que uma investigação da PJ fosse aberta onde o actor foi ouvido após ter sido constituido arguido pela mesma. Apesar de ter admitido que houve um envolvimento sexual, “atribuiu as queixas” da vítima a uma “«frustração» que esta terá sentido por ele se recusar a conhecer os seus filhos ou deixá-la acompanhá-lo a um «evento social»”.
Ouvidos ambos os intervenientes, a procuradora tomou a decisão de dar “total credibilidade” ao depoimento de “Maria”, que, de acordo com a sua advogada Cristina Broges Pinho, pede uma indeminização de 43.500€ por danos não patrimoniais e 1500€ por danos patrimoniais.
A indeminização, revela o Expresso, é justificada pelo facto de que “desde os alegados factos, a vítima «tem dificuldade em conciliar o sono, tendo tido frequentes insónias e crises de pânico e ansiedade que ainda persistem»”.
Carloto Cotta ainda não se pronunciou publicamente sobre a acusação.