Quem se lembra de acordar ao fim-de-semana (não muito cedo, mas também não muito tarde), ligar a televisão e estar a dar o BBC Vida Selvagem? O programa sobre a vida dos animais nos seus habitats naturais fez parte da infância e adolescência de muitos dos que provavelmente estão neste momento a ler este artigo. Contudo, hoje em dia já não é necessário esperar por sábado ou domingo para passar uns minutos a conhecer o mundo dos ursos polares, das hienas ou dos pumas. Basta abrir a Netflix e clicar em ver “Predators”.
Esta é uma das mais recentes séries documentais da plataforma de streaming que aborda, como o nome indica, os predadores da vida selvagem. E se esta até pode ser uma escolha de programa um pouco descabida, fica a dica: é narrada pelo actor Tom Hardy – o Alfie Solomons de “Peaky Blinders”, o Eddie Brock de “Venom”, o Bane de “The Dark Knight Rises”. Uma voz familiar, portanto.
Além disso, os episódios, que se focam em animais diferentes, seguem quase como que uma narrativa semi-inventada, onde acompanhamos os protagonistas nos seus melhores e piores momentos enquanto animais no topo da cadeia alimentar. Damos por nós a torcer para que alcancem os seus objectivos, guiados por Tom Hardy. Nada do que vemos é falso, porém, e desejamos que tudo corra bem às chitas, leões, pumas, ursos polares e aos mabecos (ou cães-selvagens-africanos).
Os cinco episódios podem ser vistos na Netflix em momentos onde o objectivo é não dedicar demasiado pensamento ao que se vê ou talvez reflectir um pouco sobre a diferença entre o que se vê em “Predators” e o que se via no BBC Vida Selvagem: os rumos destes e outros animais já não acontecem com a precisão temporal de outrora.