Uma chamada telefónica pode mudar tudo. Esta é a premissa da série documental “Don’t Pick Up the Phone”, que acompanha a investigação a um esquema criminoso praticado por um indivíduo que ligava de forma recorrente para cadeias de fast-food nos Estados Unidos da América, convencendo os supervisores a efectuar revistas corporais íntimas aos seus funcionários.
Ainda que possa parecer de certa forma impensável, a mestria deste criminoso foi passando despercebida ao longo do tempo. Uma chamada aparentemente inusitada cairia num restaurante de fast-food, num qualquer county de Massachussets, alegando ser uma ligação vinda da polícia.
Com argumentos que indicavam a possibilidade de que existisse um funcionário, comummente do sexo feminino, na posse de estupefacientes, este alegado membro da força policial convencia os gerentes do estabelecimento a fazerem buscas íntimas que envolviam exigir à pessoa indicada suspeita que retirasse a sua roupa e se submetesse a uma revista completa.
Focada essencialmente nos estados de Massachusetts e Kentucky, “Don’t Pick Up The Phone” é uma autêntica investigação criminal, com entrevistas aos detectives responsáveis pelo caso, advogados e vítimas envolvidas no processo.
Há filmagens reais, onde as chamadas telefónicas são reproduzidas e os momentos registados em câmara acompanham o desenrolar deste processo que levou 10 anos até que o suspeito identificado se apresentasse em tribunal.
Três episódios, várias forças de autoridade, vítimas que são também abusadores – via manipulação -, vítimas que são vítimas e um crime inusitado que irá para sempre marcar os Estados Unidos da América.
“Don’t Pick Up The Phone” está disponível na plataforma de streaming Netflix.