Todos já ouvimos falar da família Romanov e dos últimos czares a liderar a Rússia imperial até ao seu fuzilamento, em 1918. Porém, muitas são as questões às quais não encontramos facilmente resposta apenas de memória e outras tantas que desconhecemos por completo. São estes espaços em branco que o docudrama da Netflix, “The Last Czares”, procura preencher ao longo de seis episódios onde se mistura o documentário com cenas recriadas ficcionalmente da vida desta dinastia.
Nicolau e Alexandra poderiam ser apenas mais um casal real do século XIX, cuja existência se extinguiria naturalmente com o avançar dos tempos e das demandas políticas exigidas pelo povo, como aconteceu em tantos outros países vizinhos da Rússia naquela altura. Contudo, uma sucessão de más decisões parece ter atirado os Romanov para a tragédia definida quase à partida e o império para um sem fim de caos.
“The Last Czars” começa pelo princípio, com a chegada do jovem Nicolau ao poder, após a morte prematura do seu pai. O que se segue parece demonstrar que o destino quase nunca tem volta a dar – pelo menos não neste caso – e revela não só a vida dos Romanov, mas também a conjuntura política e social da Rússia na viragem do século e no auge da Revolução Industrial.
Entre cenas ficcionadas ou que simplesmente copiam a realidade pela mão de um guião e de actores e imagens reais acompanhadas da explicação de historiadores e investigadores dedicados ao tema, este docudrama oferece uma perspectiva mais profunda, mas ainda assim de fácil assimilação e compreensão a um tema em tudo complexo.
“The Last Czars” é composta por seis episódios de cerca de 40 minutos e pode ser vista na Netflix.