“Squid Game” regressa em Dezembro. Descobre tudo sobre o universo dos jogos mortais

Três temporada, um reality show e uma potencial adaptação pelas mãos do criador de "Mindhunter" e "Love, Death & Robots" - esta é a realidade da expansão do universo de "Squid Game".

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O que leva o jogador 456 regressar aos jogos da morte de “Squid Game”? Esta é a pergunta que se coloca na segunda temporada da aclamada série sul-coreana que vai estrear no dia 26 de Dezembro, na Netflix.

Depois de uma temporada intensa de jogos de criança transformados em totais jogos de terror que fizeram de Seong Gi-hun o único sobrevivente, a 1ª temporada deixou todos os espectadores de coração nas mãos quando a personagem protagonizada por Lee Jung-jae parece decidir… regressar.

O que irá fazer Seong Gi-hun agora que já passou pelo desafio da morte uma vez? O objectivo parece ser claro: Gi-hun está numa missão para “expor a verdade mortífera da competição”, segundo o site norte americano Deadline.

O salto de “Squid Game” para a ribalta

A confirmação foi feita pelo próprio showrunner: antes de chegar à Netflix, “Squid Game” teve uma viagem bem longa. Hwang Dong-hyuk, o argumentista que deu vida a este fenómeno televisivo, revela que a ideia para a série lhe chegou, pela primeira vez, em 2008.

O que começou como um argumento montado para o grande ecrã, há 16 anos, foi repetidamente recusado por ser «demasiado irrealista e violento para ser comercializado», segundo avançou o site The Hollywood Reporter em 2021, ano de estreia da série.

Dong-hyuk entregou tudo o que tinha, financeira e emocionalmente, ao guião do até então filme de “Squid Game”, mas o esforço parecia ter sido inútil e o argumentista viu-se forçado a deixar tudo para se focar noutros projectos. Em 2018, voltou a pegar no mesmo guião esquecido e reconfigurou-o para uma série, depois de ter visto o sucesso global que as séries sul-coreanas estavam a ter na plataforma de streaming Netflix.

Por entre sacrifícios e intempéries, incluindo a confirmação de que o próprio perdeu cerca de oito dentes como consequência de stress acumulado na gravação da primeira temporada da série, venderam-se e produziram-se os episódios que deram fruto a uma das séries mais vistas de sempre.

A sua decisão acabou por lhe trazer frutos e em 2021 o mundo viu estrear “Squid Game”, a série. Uma produção de terror emocional, misturada com a inocência dos jogos de infância e cores visivelmente apelativas, conquistou espectadores no mundo inteiro que viriam a apreciar a mente de Dong-hyuk.

As dicotomias entre duas sensações tão extremas junto a uma crítica social imponente acabaram por ser o mote para a construção de um universo que se expandiu rapidamente. Não só “Squid Game” foi rapidamente renovada para uma segunda temporada, muito próximo da estreia da primeira temporada, mas também outros projectos foram ganhando vida, inspirados nestes jogos da morte.

“Squid Game: The Challenge”, David Fincher e mais

A rampa de lançamento que colocou “Squid Game” no top dos mais vistos da Netflix em 2021 acabou por ser também catapulta para uma produção televisiva… diferente. Desta vez é “Squid Game: The Challenge” que se posiciona na fila da frente e dá o passo seguinte – um reality show inspirado nos jogos da morte da produção sul-coreana.

Tirando a morte tão cruel e cruamente exposta em “Squid Game”, a premissa era semelhante: um conjunto de concorrentes compete em vários jogos para ganhar dinheiro. Desde os jogos que marcaram a série, à insersão de novos – como Batalha Naval -, os concorrentes são surpreendidos constantemente e este concurso já conta com duas temporadas de sucesso. 

Mais recentemente, já em 2024, e enquanto os fãs de “Squid Game” esperam pelo lançamento da nova temporada da série sul-coreana, a novidade foi lançada de que uma versão norte-americana (ou english-based) estava em desenvolvimento.

Ainda durante o Verão de 2024, e bem longe da estreia dos novos episódios de “Squid Game”, a Netflix revelou que a produção irá ter mais uma temporada e terminará assim na sua terceira leva de episódios.

O universo de “Squid Game” parece assim querer continuar a crescer, mas vindo da «série mais popular do mundo» seria até de esperar. As palavras são de Bela Bajaria, presidente do Departamento de Conteúdo da Netflix, que as proferiu durante uma conferência de imprensa internacional onde falou um pouco sobre a expectativa para a segunda temporada.

Segunda temporada de olhos postos no Jogador 456

Após o final de-queixo-caído da primeira temporada de “Squid Game” ficou a questão: será que o regresso de Seong Gi-hun aos jogos mortais irá alterar alguma coisa?

«Aquilo que mais me entusiasma sobre a segunda temporada é que, do ponto de vista criativo, se gostaram da primeira temporada, vão definitivamente adorar a segunda temporada», revela Bajaria na mesma conferência de imprensa.

A segunda temporada acompanha Gi-hun, o Jogador 456, que regressa ao local dos jogos três anos após vencer a primeira ronda. Desta vez, o seu objectivo não é o dinheiro mas sim encontrar os responsáveis pela criação dos jogos com o objectivo de desmantelar a organização.

O lançamento desta nova temporada só acontece no final do ano, mas a expectativa elevada levou a que já tenha recebido nomeação para o prémio de Melhor Série de Televisão nos Globos de Ouro de 2025, junto a “The Day of The Jackal”, “The Diplomat”, “Mr. And Mrs. Smith”, “Shōgun” e “Slow Horses”.

Em edição passada, a primeira temporada de “Squid Game” recebeu três nomeações e ganhou um Globo de Ouro para Melhor Actor Secundário entregue a O Yeong-su – que se tornou assim o primeiro actor nascido na Coreia do Sul a ganhar o galardão.