Azul é a cor do céu, do mar e o nome da nova série da OPTO, que vai levar às televisões portuguesas uma história passada num futuro pouco longínquo, onde as baleias desapareceram dos oceanos e o planeta está à beira do colapso. Gravada nos Açores, e com passagem pela Islândia, esta produção faz-se de «pequenos simbolismos, mexe muito com o lado sensorial e leva-nos a pensar em quem somos».
A descrição é feita por Pedro Varela, que assina o argumento e a realização de “Azul”, na Comic Con Portugal 2024. «É um olhar sobre a Humanidade, sobre nós mesmos, sobre o flagelo do planeta. Imaginei esta catástrofe quase metafórica de se o oceano perder as baleias, o mundo desaparece.»
O realizador revela que esta viagem começou num almoço em Lisboa com o amigo e colega de profissão Marco Paiva – que integra também o elenco da série. Ideia puxa ideia e no final da refeição estava dado o mote para esta nova estreia: «Vai ser sobre uma miúda, a Olívia, filha de um biólogo. Passa-se no futuro, nos Açores, tem a ver com baleias.» Este foi o pitch que deu início a tudo e alguns meses depois os espectadores estão prestes a ver “Azul”, que está agora na fase final de pós-produção.
Além da temática das alterações climáticas, esta é uma série que se faz da conversa sobre inclusão, «sem sublinhar o tema». A protagonista, Olívia, é interpretada por Leonor Belo, actriz que teve a sua estreia ficcional em “Codex 632” e que tem Síndrome de Down. Para Pedro Varela, o trabalho desenvolvido com a jovem, escolhida através de um «casting muito longo», foi «uma viagem de amor puro sem barreiras».
O elenco conta ainda, entre outros, com Anabela Moreira, que dá vida a Teresa, mãe de Olívia, com Ricardo Pereira (Jacques), Marco Paiva (Américo), Romeu Costa (Steven), Romeu Runa (Besouro) – «Um caso raro de um bailarino que se torna actor» -, Vera Moura (Verónica), Miguel Damião (Serafim), Joana de Verona (Kiersten), André Cabral (Daniel), Flávia Gusmão (Virgínia).
Quando “Azul” chegar aos ecrãs, provavelmente depois deste Verão, o público terá também a oportunidade de ver na trama dois actores islandeses, Álfrún Laufeyjardóttir (Lilia) e Hannes Óli Ágústsson (Gustav), que permitem a alavancagem de uma possível segunda temporada passada na Islândia. Ainda nada é certo, mas a ideia está no ar – ou no mar.