Muitas vezes, a ficção é mesmo um espelho da realidade. Não é preciso fazermos play a um documentário ou a uma produção inspirada em factos verídicos para sermos confrontados com personagens e histórias que nos fazem pensar em pessoas ou momentos das nossas próprias vidas. Mas e quando essas personagens e pessoas são… a nossa mãe?
O Dia da Mãe, celebrado em grande parte do mundo no primeiro domingo de Maio – ou seja, hoje – é a desculpa ideal para revisitarmos algumas “mães” que nos acompanham nos serões e nas maratonas de fim-de-semana. Algumas delas gostávamos muito que fossem, de facto, o colo para onde corremos quando tudo corre mal. Outras… Bem, outras fazem-nos dar graças pelas nossas próprias mães – que estas personagens nos lembram que são, de facto, as melhores do mundo.
Sem especial ordem, aqui vão exemplos de mães que nos ajudam a celebrar esta data especial na companhia do pequeno ecrã:
As mães que gostaríamos de ter
Rainbow Johnson – “Black-ish” (FOX Comedy)
Intepretada por Tracee Ellis Ross (também de “The Hair Loss” e “Girlfriends”), esta mãe é um poço de boa disposição e leveza. Apesar de também ter uma dose de neurose, está sempre preocupada em partilhar bons valores com os filhos e parece muito divertida. 10/10 gostaríamos de a ter por perto.
Alex – “Maid” (Netflix)
Quem ainda não teve oportunidade de ver a mini-série da Netflix pode desde já munir-se de uma caixa de lenços e seguir em frente para conhecer um dos melhores exemplos de mães que já vimos. Apesar da tenra idade, Alex (Margaret Qualley) ganha coragem para deixar uma relação abusiva e lutar por um futuro melhor para a filha, sem nunca descurar o bem-estar da menina.
Lorelai Gilmore – “Gilmore Girls” (Netflix)
Abram agora alas para uma das mães mais cools de que há memória nos anais das séries de televisão. Lorelai Gilmore, a quem a actriz Lauren Graham dá corpo, está muitas vezes na fronteira entre amiga e mãe e sabe bem (quase sempre, vá) de que lado desta linha deve estar. Dêem-lhe café e têm uma mãe feliz. Simples.
Rebecca Pearson – “This is Us” (Disney+)
Mandy Moore é responsável por outra das mães mais queridas da televisão. Em “This is Us”, é Rebecca Pearson, a matriarca de uma família que se vê confrontada com a morte do marido quando os filhos são ainda adolescentes. Sozinha, tenta o melhor possível ajudar Kate, Kevin e Randall a seguirem os seus sonhos e a lidarem com o desastre que assolou a família. Nem sempre é bem sucedida, mas a forma como acredita nos filhos não pode ser posta em causa.
As mães das quais é melhor fugir
Nancy Brown – “Weeds” (HBO Max)
Recuamos até 2005 e encontramos “Weeds” a dar na televisão. A série, que teve oito temporadas, contava a história de uma mulher que, após a morte do marido, decide cultivar e vende marijuana para colocar pão em cima da mesa. O problema? Nancy Brown (Mary-Louise Parker) tinha dois filhos ainda menores que terão de lidar com as actividades ilegais da mãe. Mais stress do que precisavam, a adolescência já é suficientemente difícil.
Ellis Grey – “Grey’s Anatomy” (FOX Life)
Outra mãe que talvez não adorássemos ter seria Ellis Grey, a brilhante cirurgiã não tão brilhante no papel de cuidadora. Se é verdade que parte dos problemas da mãe de Meredith Grey (Kate Burton) pode ser justificada com o diagnóstico de Alzheimer, também é verdade que a doença não desculpa uma vida inteira de (pelo menos aparente) arrogância e indiferença para com a filha.
Monica Gallagher – “Shameless” (HBO Max)
E por falar em mães que não tratavam propriamente bem os filhos, vem-nos à cabeça Monica Gallagher. Interpretada por Chloe Webb, esta personagem tem uma presença fugaz na série, mas a justificação para tal é simples e serve também para evidenciar a razão pela qual está nesta lista: abandonou os filhos e luta diariamente com a toxicodependência.
Beverly Hofstadter – “The Big Bang Theory” (FOX Comedy)
Também Beverly Hofstadter não faz parte do núcleo principal, mas nem por isso deixa de estar bem presente em “The Big Bang Theory”. A mãe de Leonard Hofstadter é responsável por grande parte dos traumas desta personagem – ou, pelo menos, assim ele o diz – graças a uma infância com pouco afecto e compaixão. Definitivamente, não é a mãe que queremos a comentar as nossas decisões de vida.