SAG-AFTRA entra novamente em greve: videojogos são o foco do novo manifesto

As greves de argumentistas e actores, encabeçadas há um ano pela WGA e pela SAG-AFTRA, resultaram em melhores condições de trabalho para os membros da união laboral de performers.

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SAG-AFTRA

A SAG-AFTRA (Screen Actors Guild-American Federation of Television and Radio Artists), uma das maiores uniões laborais de performers norte-americanos e/ou representados no entretenimento norte-americano, entrou novamente em greve no passado 26 de Julho, desta vez pelos artistas afectos aos videojogos.

Depois de uma greve de argumentistas à qual, uns meses depois, se aliou uma greve de actores na cidade dos anjos, a luta pelos direitos dos artistas continua passados 365 dias, com o foco, desta vez, no universo dos videojogos.

O tópico da inteligência artificial está desta vez em grande destaque – depois de ter sido abordado tanto pela WGA (Writers Guild of America) como pela SAG-AFTRA nos manifestos de greve de argumentistas e actores, respectivamente, há um ano.

A preocupação das uniões prende-se sobretudo com as ferramentas de GenAI (inteligência artificial generativa) que “ameaçam substituir os artistas com performances mecânicas sem perspectiva ou surpresa”, salienta a SAG-AFTRA numa publicação no site, onde é possível ficar a conhecer os detalhes da greve.

Com uma manifestação activa para o contrato IMA (Interactive Media Agreement), que engloba a performance em videojogos, a união laboral iniciou greve contra grandes estúdios como a Activision Production Inc, Blindlight LLC, Disney Character Voices Inc, Electronic Arts Productions Inc, Formosa Interactive LLC, Insomniac Games Inc., Llama Productions LLC, Take 2 Productions, VoiceWorks Productions Inc. e WB Games Inc.

Tal como durante as greves encabeçadas pela WGA e pela SAG-AFTRA para os performers de televisão e cinema, os membros SAG-AFTRA performers de videojogos terão de se submeter a várias normas que implicam a não realização de trabalhos para as empresas-alvo do contrato IMA.

As greves de argumentistas e actores norte-americanos de há um ano resultaram na criação de novos contratos que contemplam melhores condições de trabalho e regulamentação para a utilização da inteligência artificial – resultado que a SAG-AFTRA pretende obter também nesta situação. As uniões laborais de Hollywood das diferentes áreas do entretenimento incluindo música, cinema e televisão já demonstraram o seu apoio à decisão da SAG-AFTRA de avançar com a greve.